Histórico

O Programa de Pós-Graduação em Metrologia (PósMQI) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) nasceu em meados da década de 90, como resposta da Universidade a uma demanda explícita do Governo Federal, que fomentou, no âmbito da então vigente política industrial, a capacitação de recursos humanos especializados em áreas consideradas críticas para o aumento da competitividade industrial. Assim, de forma articulada com o Ministério da Educação (por meio da CAPES), do então Ministério da Indústria e Comércio (por meio do INMETRO) e do Ministério da Ciência e Tecnologia (por meio do CNPq), recursos do PADCT (Edital TIB/PADCT 03/94, Chamada 1) foram alocados para criar, em 1994, o Programa Nacional de Formação de Recursos Humanos em Metrologia (Programa RH-Metrologia). No contexto de um competitivo processo licitatório, do qual participaram nove consórcios de Universidades, as propostas da PUC-Rio e da Universidade Federal de Santa Catarina foram selecionadas. Nasceu, assim, o Programa de Pós-Graduação em Metrologia da PUC-Rio. A iniciativa da PUC-Rio resultou de uma ação interdepartamental (horizontal) de departamentos e laboratórios de pesquisa do Centro Técnico Científico (CTC) da Universidade. Nasceu, portanto, da congregação de esforços, competências e infraestruturas laboratoriais das unidades do CTC (Engenharias, Física e Química). Rapidamente consolidou-se como Programa interdepartamental do Centro.

Fechando 2020 com um total de 258 Mestres formados desde o início do programa, este desenvolveu-se e consolidou-se, obtendo o conceito máximo 5 (quadriênio 2013-2016) na Avaliação-CAPES da pós-graduação brasileira. No contexto de sua visão ampla da ciência, da tecnologia (e da arte) das medições, tem preconizado a educação e a pesquisa em metrologia segundo um modelo sistêmico de sustentabilidade que integra três dimensões do desenvolvimento sustentável das organizações (econômica, social e ambiental). Esta visão transcende o uso da metrologia tão somente como instrumento de competitividade industrial e de melhoria de produtos e processos que disputam mercados competitivos, sendo uma visão mais ampla sobre o uso das medições como instrumentos de preservação do meio ambiente, de avaliação da qualidade do ar, da água e das condições de vida como um todo. No contexto dessa nova lógica da inovação e da sustentabilidade, formalizou em 2003 junto à CAPES a mudança de sua área de concentração, que evoluiu de “Metrologia para Qualidade Industrial” para “Metrologia para Qualidade e Inovação“, preconizando a sustentabilidade em uma de suas linhas de pesquisa (também caracterizada na nova logomarca do Programa).